quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Ana Luisa...



Ana Luisa! Ana Luisa... Não se apresse em se entregar para qualquer homem. Ele precisa valorizar o belo e perceber a diferença entre o ordinário e o ímpar.
No primeiro encontro, ele vislumbrará seu contorno, seus aspectos mais vibrantes e com o impulso masculino vai querer seduzi-la.
Vai fazê-la sentir-se fascinante, fatal, elegante,  inteligente, decidida, atraente e apaixonante. Você poderá se contentar com esses sentimentos preliminares que após um ávido romance,terminará num lençol jogado em um canto,a boca borrada,seus cabelos despenteados,seu corpo marcado,olhares dispersos em buscas de vãs desculpas para não se verem mais. Poderá sair do local, menor, machucada, abandonada, traída e enganada.
Um gosto amargo de vazio, uma solidão do nada, um rascunho jogado fora. Um desconhecido no seu caminho que atravessou e passou. Por um momento de diversão você se jogou no chão, e dali poderá não se erguer.
Pois é Ana Luisa, por modernos que sejam os tempos, pela liberdade de atitudes, pela igualdade trabalhada, pela emancipação da mulher, a maioria dos homens pensa assim.
E ainda será assim por mais algum tempo.
O que você quer menina?
Ana Luisa voltou para seu quarto, tirou seus sapatos altos, soltou os cabelos, retirou a maquiagem,seu vestido preto com bordados de cristal,sua meia de seda  e deitou-se . .Depois de um profundo suspiro, recostou no travesseiro  e  poetizando voltou  a idealizar  como será sua grande primeira vez.





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