terça-feira, 15 de junho de 2010

o caminho da verdade




Às vezes queremos gritar a verdade, mas se não for o tempo dela aparecer, será como a bruma do mar que toca mas não molha, a neblina da manhã que mesmo densa se pode atravessar...
O que era ignorado ou secreto perderá o véu ,e a seu tempo ressurgirá sem que precisemos nos aprofundar em desespero
A verdade é a arma esclarecedora que alivia a alma e aquieta o coração. É o bem mais construtivo que o homem já teve, e também o mais demolidor do escárnio e da difamação. Ela tem seu próprio caminho,assim como o rio que mudado seu curso,com um descuido volta a seu leito de origem.
Perdi o sono tentando provar uma verdade, mesclei meu coração com a raiva, desacreditei do mundo, menti para provar a mentira, procurei no escuro, subi no monte mais alto para ser ouvida, desci ao inferno para ganhar um álibi
Minha roupa se sujou de terra quando precisei entrar no porão, minhas mãos rasparam na insanidade,minha voz enrouqueceu pela umidade das madrugadas ,meu corpo definhou pela falta de humanidade e meus olhos se fecharam.
A dor é mordaz, perfura o corpo e o seu espírito, danifica o mundo e beneficia o mau.
O sorriso parece eterno, o regalo constante e o mau imutável.
O vento sopra, a ventania tira tudo do lugar; o furacão leva o que não for edificado nas pedras; o ciclone devassa o que é raso e a areia volta a tomar seu lugar no solo.
Tempestades fortificam as raízes das árvores que sobrevivem...
Abracei-me a um Carvalho e esperei a tormenta passar.
Decisões mudam costumes, vida e tendências que parecem indestrutíveis.
O areal ficou branco e limpo, pronto para que os meus pés e os daqueles que pisaram nas brasas, mas se agarraram na árvore, possam passar e atravessar, seguir em paz.

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