quarta-feira, 30 de agosto de 2017

MULHERES: Luana











Tirada  da festa em que se reunia com seu querido e amigos, Luana, chorosa, voltou com seu pai para casa com a certeza de não poder persuadi-lo a deixa-la ficar.
Deitou-se para adormecer com seu corpo ainda tremulo de tristeza.
Às duas da madrugada, levantou-se da cama, debruçou pela janela vestindo sua camisola e deslizou  até o asfalto .
Podia sentir toda a umidade do amanhecer e fluiu pela calçada sem tocá-la até a esquina aonde ele e seus amigos chegavam com os instrumentos musicais para guardá-los.
Ficou ali estática pairando no ar, até que tudo fosse colocado no local certo, o carro guardado e seu amado se retirado para dentro da casa.
Observou cada rosto, o que faziam e gesticulavam.
Como quem volta de um caminhar, ela se voltou e seguiu até sua casa numa suavidade estranha, porém deliciosa de sentir.
Subiu pela janela e deitou-se.
Sentiu um arrepio que correu por todo seu corpo e levantou assustada com a sensação de ter saído realmente de si. Olhou as horas e marcou 02h20min da manhã.
Ao encontrar na tarde seguinte com seu namorado, descreveu toda a cena que havia presenciado de alguma forma.
Ficou surpresa quando ele sério confirmou todos os detalhes que ela deu, como verdadeiros, inclusive as horas.
Tentou tantas vezes outras saídas, mas foi sua primeira e única vez.


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