sábado, 17 de julho de 2010

O biquini verde



Um dia de muito sol em pleno sábado de verão. A piscina estava lotada, parecia que a cidade inteira estava lá para festejar o início das férias escolares.
Com poucos lugares para me esticar no pátio em volta da piscina, encontrei um pedacinho de chão, no meio de um grande grupo de pessoas.
Peguei com muita força, uma cadeira vazia que estava do outro lado da piscina, e segurando com firmeza, trouxe-a para o pequeno espaço aberto 
Sozinha, segurando a cadeira, óculos, uma cesta com toalha e bronzeador e ainda uma revista debaixo do braço. Quase uma mudança.
Estava pronta para colocar a cadeira no chão, quando simplesmente, a parte de cima do meu biquíni, como um estilingue que acaba  de ser lançado, soltou do meu corpo e foi parar quase nos meus pulsos. Posso afirmar que se não estivesse segurando a cadeira com as duas mãos, meu top verde  sairia dos meus braços e pularia na cabeça de alguns daqueles turistas de final de semana que assustados não sabiam o que fazer. Nem eu, que fiquei paralisada de pé, sem a parte de cima da roupa de banho, sem ninguém para me ajudar,esperando que algum milagre me tirasse dali.
Como isso não aconteceu, tentei aparentar calma, coloquei tudo no chão e com uma tranqüilidade de alguém que está sozinha num quarto se aprontando para sair,coloquei o saltitante sutiã no lugar. Tentei e tentei encaixar  o assanhado.Como também isso não consegui,olhei para os lados procurando socorro.
Todas aquelas pessoas que estavam se divertindo às minhas custas, abaixaram as cabeças e olharam para todos os lados, menos para a destrambelhada aqui.
Finalmente uma senhora se condoeu e me chamou para ajudar. Tive ainda que caminhar até ela com as mãos para trás ,segurando o danado com muito cuidado para não o deixar escapar.
Voltei para meu lugar no meio da multidão, e alvo de muitas risadas de crianças, passei o bronzeador e deitei na cadeira, tendo o cuidado de cobrir o rosto para me proteger, não do sol, mas de todos que por certo estariam comentando o ocorrido.
Transpirava debaixo daquela toalha, suava frio ,até que o tempo foi passando e me senti mais segura para mudar de posição e sentar.
Para eventuais problemas que poderiam ressurgir, decidi  sair de cena e assim encerrar esse episódio desastrado.
Foi algo difícil que consegui lidar. Sinto-me vitoriosa, e ainda lembro da história que aconteceu a dois verões atrás, como algo hilário para contar.
Mas em todo caso, nunca mais comprei biquíni de fecho heheheheh

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