quinta-feira, 19 de novembro de 2009



como um barquinho vagando
ao vento cortante eu relanço
a rede que no encalço prudente
lança ao mar uma chama ardente

sem sentir o balanço
sobre as ondas deslizando
sob a espuma tendente
seu caminho quinante

como bloquear a deriva
e encontrar a marina
sem segurar o timão
a espera da dealbação

ao sumir no horizonte
deixa a brancura tocante
figurará para sempre
nesse meu ser reticente


eva julho de 2008



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