quinta-feira, 22 de julho de 2010

maçã ou avelã...



O sol voltou a brilhar, mas o calor que ele apresenta nesta manhã, não é igual ao que me aquecia antes dele raiar.

Quando uma ventania arrasa uma nação é pouco provável que haja uma reconstituição.
Os pedaços foram espalhados por tantos cantos. As águas que passaram ,carregaram as grandes emoções que antes estavam edificadas sobre as rochas e  desaguaram a histeria dos infortunados.
Será o final da história que há tanto tempo principiei a contar?
Já foram tiradas tantas peças do meu puzzle. Partes importantes que deixaram espaços vazios e outras peçam não substituirão esses lugares em branco que se tornaram negros.
O tempo continua soprando com uma força tal, mal consigo andar para frente.
Cada manhã ao me levantar, rabisco antecipadamente minhas intenções. Não quero desviar do meu objetivo. Mas percebo que ao cair da tarde, o ponteiro da minha bussola está a deriva, como uma pintura de colorido brilhante retrocede a um esboço, uma folha virada do avesso.
A felicidade parece ser o motivo de tanta frustração. Se não desejasse ser feliz, qualquer coisa estaria bem. Não faria diferença se o sol ou a chuva estivesse tomando conta do universo terrestre, frio ou calor, maçã ou avelã. Andaria por qualquer rua, pisaria na terra ou nas pedras, subiria mil escadas ou ficaria sentada, olharia para o céu ou para o inferno de cada alma.
Mas como não construir um novo castelo?Como não impedir que as árvores sejam cortadas? Como não estender meu abraço?Como não sonhar em cada manhã por um belo dia e como não acreditar que depois disso tudo, não virá um  novo alvorecer?
Se isso não acontecer, não vou esperar o sol brilhar no meu horizonte, porque tanto faz, eu apenas não vou mais querer ser feliz.

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