Descia as escadas com as roupas nos braços prontas para lavar.A cama já estava arrumada,as janelas abertas e os tapetes estirados ao sol.
Preparava o café e enquanto aguardava que todos descessem, ia adiantando o almoço.
Com as crianças na escola,depois de leva um leva outro ,as roupas já lavadas eram estendidas uma a uma,enfileiradas em varais sem fim.Fraldas e mais fraldas branquinhas , toalhas quaradas,lençóis e outras peças mais.
O aspirador de pó, meu grande ajudante, não parava de trabalhar. Ele ia na frente e eu atrás e nessa sequência,passávamos por todos os quartos e salas até acabarmos na dispensa onde o guardava para um descanso merecido.Com a casa limpa e a roupa seca,colocava o almoço na mesa,mas não antes da maratona do vai e vem com as crianças.Teve dias, após o almoço, que sentia um aperto no coração e não sabia porque.Logo, o telefone tocava e a professora de um dos meus filhos me perguntava se eu não estava sentido falta de nada.É, várias vezes nesse vai,não veio um deles.Corria apanhar o chorão, que se debulhava em lágrimas pelo esquecimento de sua terrível mãe.
As tardes eram maravilhosas. Reunia as crianças na sala e enquanto me deliciava em perdidas leituras, eles terminavam suas tarefas escolares .Quando tudo estava finalizado, nos reuníamos à mesa para o lanche da tarde.
Como eles amavam esses momentos. Lá falávamos sobre meninas e meninos, festinhas de escola, aniversários de amiguinhos, fazíamos planos para o natal, pedidos e troca de confidências.
A noite quando papai chegava,eles já estavam de banho tomado prontos para as historias e cânticos noturnos.
No quarto, cada um em sua cama ficava me olhando e escutando com atenção, as fábulas malucas que eu inventava . Assim iam adormecendo seguidamente.O Rodrigo, mais velho, sempre queria saber como aquilo chegaria ao final, por mais sono, esfregava os olhinhos e esperava o desfecho.
Nunca preparava um, mas era obrigada a fabricá-lo para que enfim ele dormisse.
Nunca preparava um, mas era obrigada a fabricá-lo para que enfim ele dormisse.
Na sala, me espreguiçava gostoso. Merecido descanso. Momento de planejar o dia seguinte.
Antes de ir dormir, visitava a cama de cada um deles, uma espécie de Waltons,para um beijo de boa noite.
Cada um do seu jeito se enroscava nos lençóis, ursinhos e travesseiros e se soltava num sono seguro, porque sentiam a paz que existia no nosso lar.
Dia de folga?Não tinha, mas para quem vivia no paraíso não era preciso.
Ah que gostoso Evinha ler isso... que acochegante que era o seu lar e ainda é né pq agora esles multiplicaram é a roda viva da vida né.. nunca a sua casa iria ficar só rsss como muitas ficam e dá aquela loucura na mãe de síndrome do ninho vazio... assisti até um fime sobre isso depois te passo é uma comédia muitooo legal de pessoas como a gente sabe.
ResponderExcluirO fato de ir e vir e esquecer um dos meninos é hiláriooo hahhahha fico imaginando a professora te ligando hahhaha
O Rodrigo devia ser o garoto do " e depois? porque?" das historinhas que vc contava hahaha por isso que ele é investigador quer ver até o fim onde vai dar aquilo tudo hahaha
Eva adoro vir aqui sentar, tomar café com vc e ler tudo isso bjks!
Texto para se ler com um café do lado, aconchegada numa poltrona, saboreando..!
ResponderExcluirParabéns por se mostrar tão realizada.